HIPÓDROMO ARGENTINO DE PALERMO – 1º/05
GRAN PREMIO REPÚBLICA ARGENTINA-G1 – COPA JAPAN RACING ASSOCIATION
Di Giorgio (Star Dabbler) uma vitória anunciada para 60.000 pessoas no Argentino de Palermo
A expectativa da consagração do filho do americano Star Dabbler -quarto colocado a cinco corpos do brasileiro Going Somewhere no Pellegrini/2012- no 29º GP Latino Americano de março passado, foi frustrada pelas condições adversas do piso de areia do hipódromo palmeño, na capital transandina. Contudo, a revanche se apresentou no grandíssimo Gran Premio República Argentina ($930.000/2000m/areia), disputado no feriado de 1º de maio, diante de 60.000 pessoas presentes no Argentino de Palermo, o desiderato atingiu plenamente o palmares de Di Giorgio e sua inserção entre os grandes do turfe argentino, com a certeza de alçar voos mais longos.
A vitória de Di Giorgio foi justificada e merecida, não obstante o forfait do favorito Arte Pop (Mutakddim), o clássico contou com doze postulantes em condições de lutarem pela posição de honra, e os guichês apontaram como melhores cotados; o três anos Julius Top (Giant’s Causeway) com sport de $5,95; o ótimo vencedor clássico Flowing Rye (Catch In The Rye), montaria de Altair Domingos e o veterano Xeito (Indygo Shiner) crédito do Rubio B, com Ricardinho “up”, que pagava o eventual de $8,55. Di Giorgio, quarta força, com o retorno de $9,20 por unidade de vencedor.
Com todos instalados no starting gate e sem dificuldades foi autorizada a partida, e o primeira a pisar, Julius Top foi para a vanguarda, logo seguido pela cerca por Xeito, com Potent Way e Di Giorgio na expectativa. Muito exigido pelo Ricardinho, Xeito assumiu o comando do lote e praticamente sem variantes percorreram a oposta até o início da curva final. No tiro de definição Xeito desgastado pelo train, foi ultrapassado por Julius Top e Potent Way que ainda conserva fôlego e mantinha a escolta. No entanto, saindo da terceira posição e pelo meio da raia crescia com volúpia Di Giorgio. Com o ótimo e enérgico piloto Eduardo Ortega em posição, na altura dos 350 finais, a carreira estava definida e partir dali e em galope triunfal Di Giorgio foi engolindo a pista e abrindo margens de seis corpos no espelho sobre Fastidiado (Manipulator), e oito corpos do incansável tordilho Aristocity (City West) que subiu no terceiro degrau do pódio no alto de seus oito anos. Na quarta posição, a dois corpos, Potent Way (Giant’s Causeway) e, completou o quinteto, Julius Top (Giant’s Causeway) a um corpo. A grande decepção ficou por conta de Flowing Rye, que nada produziu e concluiu na penúltima colocação.
Defendendo as cores da Caballeriza Haras Pozo de Luna, de San Isidro, e com preparação técnica do treinador Alfredo Gaitán Dassié, que apresentou Di Giorgio em invejável forma no clássico disputado sobre a areia normal do Argentino, o neto de Candy Stripes, deixou excelente registro de 1’59”79 sobre as doze quadras - superior em apenas 66/100 do recorde da pista -, com parciais de 24”61, 47”90, 1’10”85 e 1’34”91, que refletiam no desenrolar o que poderia advir no final, muito embora, Di Giorgio em nenhum momento do tramite recebeu contundência de seu piloto Eduardo Ortega.
O castanho de três anos, Di Giorgio, de criação do Haras Futuro S.R.L., é um filho de Star Dabbler (Saint Ballado (CAN)) na argentina Devonia (Candy Stripes (USA)). Com campanha de dez apresentações públicas, Di Giorgio, conquistou quatro impactos (três de grupo na escala internacional: GP República Argentina-G1, Clásico Isidoro Aramburu-G2 e Clásico A.P.C.C. de Buenos Aires-G3), e cinco figurações (quatro de grupo: GGPP, 4º Montevideo-G1, 3º Polla de Potrillos-G1, 3º Jockey Club-G1, 4º Carlos Pellegrini-G1 e 3º Miguel Cane-G2), com recompensas na ordem de $1.106.000.
O laurel de Di Giorgio no Gran Premio República Argentina, tem valor de uma espécie de reparação que ameniza o inexplicável malogro do Latino, que deixou um gosto áspero para seu compositor Alfredo Dassié e para seus interessados. Di Giorgio mostrou, sobretudo, que é um cavalo clássico por excelência, e agora, após a consolidação deste conceito, todos no vizinho país do Prata, esperam que seus proprietários não o levem para seguir campanha nos Estados Unidos, como estava sendo projetado.
Mário Rozano
Fotos e vídeo: Departamento de Imprensa HAPSA
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