viernes, 16 de agosto de 2013



Mercado brasileiro oferece um cenário favorável para implantação de mudanças no turfe



Em sua segunda visita ao Brasil como consultor da AFPT, o norte-americano Tom Aronson trouxe algumas projeções e números para os participantes do workshop realizado no último dia 5 de agosto, no Rio.

O consultor começou sua palestra apresentando alguns contrastes entre os turfes brasileiro e americano, para demonstrar como existe um cenário aqui que permite o crescimento das apostas em corridas de cavalos. “A competição nos EUA é muito maior. Um hipódromo compete com o outro, há casos em que um está distante 10 quilômetros do outro. Aqui não há esse tipo de competição, pois os hipódromos são em menor número e mais distantes uns dos outro”. Outro ponto positivo apontado por Tom Aronson é que aqui apenas uma entidade fiscaliza e controla o turfe, no caso o Ministério da Agricultura. “Há só um interlocutor para se dirigir. Nos EUA, há várias entidades governamentais ou não, que nem sempre falam entre si”.



Tom Aronson também falou sobre a experiência com os cassinos atrelados aos hipódromos, os chamados “racinos”. Ele acompanha esse fenômeno há mais de uma década, e tem opinião formada: “O que tenho visto nos últimos 10 anos é a queda nas apostas. Não é um modelo sustentável, não resolve o problema do turfe. As corridas de cavalos podem se sustentar por elas mesmas”.

Ainda apontando as possibilidades do cenário brasileiro, Tom Aronson destaca uma
população de 200 milhões de habitantes e, portanto, um mercado muito atrativo. Em
cima desses dados, ele vê para o Brasil uma projeção de crescimento dos atuais US$ 229bmilhões/ano para US$ 1 bilhão/ano, meta que pode ser atingida se a atividade se organizar profissionalmente. A título de informação, o consultor apresentou, em sua primeira palestra em junho, em São Paulo, dados que estimam o mercado de jogo clandestino brasileiro em torno de US$ 4 a 5 bilhões/ano de movimento, sugerindo que o País é hoje um dos lugares mais observados do mundo quando se fala em implantação do jogo legal.

“As empresas mais bem sucedidas são aquelas que refletem seu nível de organização.
No Brasil, o turfe tem que se organizar agora. Todos sabem os desafios comuns a enfrentar, mas precisam se organizar para gerar mais faturamento e relacionamento com os clientes, com a mídia, com a comunidade financeira e com o governo”.

Com relação à organização do turfe em uma federação ou entidade afim, Tom Aronson
citou o exemplo das ligas de futebol, hoje tão comuns nos Estados Unidos e sobretudo na Europa, onde estão reunidos os principais times do mundo. “Não existe nenhum esporte de sucesso no mundo que não seja abraçado por uma liga ou federação na sua forma /organização” .

Uma organização nos moldes de uma federação, no entender do consultor norte-americano, deveria abranger as categorias dos dirigentes, criadores, proprietários, profissionais de turfe, governo e até os apostadores, que são os clientes. “O turfe brasileiro tem que avançar agora porque nada é mais insano do que fazer a mesma coisa sempre e sempre do mesmo jeito e esperar que, dessa forma, alguma coisa diferente possa acontecer”.


APFT
Foto: Karol Loureiro
By De Turfe Um Pouco


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